Capítulo 28
Ana colocou a comida na mesa e convidou João a se sentar.
Ao ver os pratos tão simples, Ana sentiu que estava sendo desrespeitosa com ele e ficou muito envergonhada:
– Bem… Não há muita comida, você vai ter que se contentar com isso….
João não disse nada e sentou-se à mesa..
Igor Estrela, por outro lado, estava muito satisfeito:
– Mamãe, hoje tem um prato grande de carne cozida, é o suficiente.
João olhou para o menino, notando como ele era magro, com braços e pernas finas. Será que os dias do passado foram tão difíceis que a criança não tinha carne para comer?
– Então, coma um pouco mais. – João pegou um pedaço grande de carne para ele.
Obrigado, eu mesmo posso pegar. Você não precisa se preocupar comigo. – Igor disse e pegou dois pedaços de carne para a sua tigelinha. Quando se tratava de comer, ele não hesitava.
Ao ver que ele estava aproveitando a refeição, João involuntariamente curvou os lábios em um sorriso.
Sr. João, coma a sua comida, não precisa se preocupar com ele. – Ana serviu um prato de arroz para ele.
João acenou levemente com a cabeça e começou a comer.
Ana o observou dar uma garfada e perguntou com cautela:
– O sabor está bom?
O homem respondeu com apenas três palavras:
– Dá para comer.
Ana contraiu o canto dos olhos. Que resposta era essa?
Mas ele havia nascido em berço de ouro, estava provavelmente acostumado a ter chefs de cozinha cinco estrelas em casa. Já era bom o suficiente que ele aceitasse comer a comida que ela fez. Ela não esperava nenhuma avaliação positiva dele.
Depois do jantar, começou a chover intensamente lá fora, com relâmpagos e trovões. Parecia que a chuva não ia parar tão cedo.
Ana olhou para o homem jogando xadrez com seu filho. A chuva estava forte demais, mas ela não podia deixá-lo pernoitar ali.
Enquanto estava indecisa, o celular de João tocou.
João atendeu a ligação e desligou depois de algumas palavras.
Ele olhou para ela e disse:
O carro do Eduardo está esperando por mim lá embaixo, eu vou indo.
Ana respirou aliviada e olhou pela janela antes de dizer:
– Está chovendo tão forte, deixe-me te acompanhar até a saída.
Ela tinha um guarda-chuva ali.
João olhou profundamente para ela e respondeu:
– Está bem.
– Tio, ainda não terminei essa partida. – Igor Estrela falou.
– Deixe para a próxima vez, eu continuo quando voltar, disse João.
– Na próxima vez, eu vou vencer você com certeza! – o menino estava incomodado por perder a partida
anteriormente.
João curvou os lábios levemente e respondeu:
– Está bem, estarei esperando.
Ana pegou o guarda-chuva e ouviu a conversa deles. Ela não pôde deixar de se perguntar, ele ainda vai vir uma próxima vez?
Ana e ele desceram juntos pelo elevador. O carro estava estacionado fora do condomínio, e ela abriu o guarda-chuva para acompanhá-lo.
O homem era muito alto, então ela teve que levantar as mãos para segurar o guarda-chuva. Vendo isso, ele estendeu a grande palma da mão e pegou o guarda-chuva:
– Eu cuido disso.
Ele abriu o guarda-chuva e os dois ficaram protegidos sob ele.
Nesse momento, os dois estavam muito próximos. O coração de Ana começou a bater mais rápido e ela não ousou olhar para cima.
Os dois caminharam juntos sob a chuva. O guarda-chuva não era grande o suficiente e ela não se atrevia a se aproximar demais dele, então seu ombro ficou encharcado pela chuva.
João franziu a testa ao ver isso. Ele estendeu seu braço longo ao redor da cintura dela e a puxou para dentro de seus braços.
Ana, de repente, se chocou contra o peito do homem e, antes que pudesse reagir, ouviu sua voz profunda ecoando:
– Chegue mais perto, não se molhe. Não me responsabilizarei se ficar doente.
Ele a abraçou firmemente e continuou caminhando tranquilamente. Para Ana, que estava sendo abraçada por ele, tudo parecia diferente. Ela sentia seu corpo tenso e simplesmente seguiu seus passos mecanicamente.
Apoiada em seu peito largo, ela conseguiu ouvir claramente seus batimentos cardíacos estáveis. Também sentiu o aroma limpo e masculino que emanava dele, além de perceber seu calor.