Capitulo 10
Ana não esperava que seu pai ainda tivesse deixado pertences para trás. Há cinco anos, ela saiu às pressas e, após enterrar seu pai, partiu. Naquela época, país de Sorania não a acolheria de forma alguma.
Entendi, então entrarei em contato com você amanhã,
Dr. Pereira tinha que visitar um paciente, então deixou seu número para ela e saiu.
No dia seguinte, Ana se certificou de que o pequeno estava se sentindo melhor após tomar o remédio, depois o levou para o jardim de infância e seguiu para o trabalho.
Assim que chegou à empresa, o escritório do secretário a ligou, dizendo que ela deveria ir ao escritório do presidente, o Presidente João queria vê-la.
Ana chegou rapidamente ao escritório do presidente, onde João estava em pé junto à janela conversando com alguém ao telefone. Ao vê-la entrar, ele a fez um sinal para que ela se sentasse primeiro.
Pouco depois, ele encerrou a ligação e caminhou em sua direção. O homem alto sentou-se em sua cadeira e pegou um documento da mesa, colocando-o na frente dela. 1)
– Aqui está a apresentação do projeto Montanha da Linguagem da empresa. Dê uma olhada, a responsabilidade pelo design desse projeto é sua.
Ana ficou um pouco surpresa:
– Eu devo fazer isso sozinha?
– Você acha que terá dificuldades? – ele ergueu as sobrancelhas com um sorriso malicioso enquanto a
observava.
Ana se apressou em dizer:
– Não, não. Obrigada, Presidente João, por confiar tanto em mim.
Ela havia acabado de começar a trabalhar e ele já estava entregando um projeto tão importante para ela?
-Se o seu currículo for verdadeiro, eu acredito em suas habilidades. – ele parecia penetrar em seus
pensamentos.
Ana sentia que seu olhar continha algum significado profundo, mas não conseguia entender o que ele estava pensando.
– Vou provar minhas habilidades com ações concretas. – ela sorriu levemente para ele.
Nesse momento, a secretária bateu na porta e colocou um convite na frente dele:
– Presidente João, isso foi enviado por Bruno, é um convite para o jantar comemorativo do quinto
aniversário de casamento de Bruno.
Ana não pôde deixar de olhar para o convite, que realmente chamava atenção.
Ela se lembrou de que, no dia em que voltou, viu no telão do aeroporto que eles estavam planejando comemorar o quinto aniversário de casamento no dia 26. Hoje, era exatamente o dia 26.
Ela reprimiu às emoções que surgiam em seu coração e pegou o documento, deixando o escritório do presidente.
Ana marcou um horário com o Dr. Pereira e foi encontrá-lo no hospital assim que saiu do trabalho.
No escritório do Dr. Pereira, ele colocou uma caixa preta na frente de Ana e disse:
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– Isso é o que seu pai me pediu para entregar a você.
Ana recebeu com as duas mãos:
– Muito obrigada.
Ela abriu a caixa cheia de curiosidade e encontrou um pingente de jade transparente e redondo.
Ela nunca viu seu pai usando esse pingente antes, então ela o pegou e examinou cuidadosamente. Havia duas palavras vagamente gravadas no pingente, em uma antiga escrita que ela não conseguía entender imediatamente.
– Meu pai deixou alguma mensagem?
Dr. Pereira balançou a cabeça:
– Não, naquela época ele estava sofrendo muito com a doença. Eu quería salvá-lo, mas Bruno ordenou que parássemos o tratamento…
Dr. Pereira ficou um pouco emocionado e parou no meio da frase.
Os olhos de Ana se contraíram ao ouvir isso:
– O que você disse? Bruno ordenou que parassem o tratamento do meu pai?
Dr. Pereira percebeu haver dito algo que não deveria e fez um gesto com a mão:
Finja que não falei nada, pegue seus pertences e vá embora.
Ele usou a desculpa de ir ver um paciente e saiu apressadamente.
– Dr. Pereira… – Ana queria esclarecer as coisas, mas ele já estava longe.
Sua mente explodiu com o que acabara de ouvir. Seu corpo balançou e quase perdeu o equilíbrio.
Era o Bruno! Ele matou seu pai! Como ele pôde ser tão cruel?
Num instante, a raiva reprimida por tanto tempo explodiu, e ela apertou com força o pingente em sua mão.
Há cinco anos, seu casamento foi arruinado, ela foi caluniada e desprezada por todos, e seu pai foi assassinado!
E hoje, Bruno estaria celebrando o aniversário de casamento com Mariana!
Ela saiu do hospital com uma expressão distante, entrou aleatoriamente em uma loja e alugou um vestido de noite. Em seguida, pegou um táxi até o Charlota Villa Hotel.
Hoje era o dia mais triste para ela, como ela poderia permitir que aquele casal desprezível ficasse tão satisfeito!
Ana chegou ao hotel e viu vários carros luxuosos chegando, parecia que muitas celebridades sociais se reuniram esta noite para comemorar com eles.
Ela sorriu friamente, quanto mais pessoas, melhor!
Ao entrar, ela foi solicitada a apresentar o convite, mas Ana não tinha um. Ela estava preocupada quando de repente, um Mercedes preto e imponente chegou. Vários seguranças de terno bem treinados se aproximaram, a cena era assustadora.
Após parar o Mercedes, a porta se abriu. Um par de pernas esbeltas masculinas tocaram o chão, seguido por um corpo alto e robusto, rosto afiado e uma aura poderosa que fez as pessoas tremerem.
Quando Ana viu João naquele momento, ela também ficou atordoada. Esse homem era realmente o
foco, era difícil desviar o olhar dele.
Após sair do carro, João se virou para ajudar a pessoa de dentro a sair. Era um idoso de cabelos grisalhos, vestindo um terno bem feito e segurando uma bengala, emitindo uma presença imponente.
As pessoas que esperavam se curvaram apressadamente e disseram:
– Presidente Silvio, Presidente João, por favor, entrem,
Ana recuperou a consciência, aquele idoso era o pai de João, Silvio Duarte?
Isso significava que todos os membros da família Duarte estariam aqui? Mariana realmente tinha uma grande influência.
Logo após João e Silvio entrarem juntos pela porta do hotel, Ana correu repentinamente e foi impedida por alguém. Ela disse ao guarda:
Estou aqui com o Presidente João.
João ouviu o barulho atrás e parou. Ao se virar, viu Ana em um vestido de noite acenando e sorrindo para ele.
Ele franzia levemente a testa, mas antes de falar, Silvio ao seu lado foi o primeiro a perguntar: – Quem é ela?